sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Significado das Árvores e Frutos

Os símbolos mais repetidos e importantes são árvores
  • Cipreste
  • Palmeira
  • Coqueiro
  • Salgueiro
Sempre que uma árvore é vista em um tapete, implica um profundo significado religioso e, invariavelmente, simboliza a árvore da vida. Certas árvores, no entanto, possuem um significado adicional: 

  • Cipreste: Conhecido no Ocidente como a árvore "triste", é um forte símbolo de luto, mas também significando a imortalidade celestial através da morte.
  • Palmeira e Coqueiro: São lógicas metáforas de plenitude e benção. Estas árvores possuem um grande siginificado para povos do deserto, já que sua presença implica água, enquanto a árvore, em si, é um supridor de alimento. O mesmo significado benéfico se ajusta à romã.
  • Peônia: É vista com frequência nos tapetes chineses e denota poder
  • Lótus: Prediz uma grande linhagem, sendo sagrado para os budistas da China e da Índia.
  • Pera: Um dos motivos mais comuns nos tapetes persas e caucasianos, revelou-se um símbolo de difícil interpretação, havendo inúmeras sugestões sobre sua origem. Esta diversidade de opinião fica evidente ante os vários nomes com que é designada, por diferentes entendidos: "boteh", chama, cone de pinheiro, jóia da coroa, sinete, amêndoa, folha de palmeira, curva do rio, pluma e buquê.
A origem desses nomes é quase tão extraordinária quanto os próprios nomes. A curva do rio, por exemplo, é sugerida porque a forma do motivo mostra uma fantasiosa semelhança com a alça feita pelo Rio Indo, nas planícies da Alta Cashmere, conforme a vista da mesquita.


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sábado, 22 de dezembro de 2012

Significado dos Animais

Como no tocante às cores, a maioria destes animais possui um valor simbólico, acima e além de sua mera presença decorativa.

  • Escorpião e a Tarântula: Denotam depravação e veneno, mas também representam defesa. São mais encontrados nas bordas das peças caucasianas, em especial as oriundas de Shirvan, Kasak e Kabistan. Dizem que sua presença continuada sob os pés das crianças lhes ensina a perderem o medo e, portanto, diminui o risco de serem picadas, ao se esquivarem de um exemplar vivo. O motivo da tarântula tende a ser altamente estilizado.
  • Camelo: Denota opulência e felicidade. Trata-se de um símbolo lógico, pois além de ser o transporte inestimável para os nômades do deserto, também estoca água. Todos os povos do deserto o reverenciam e, quando ele morre, torna-se uma fonte de alimento e bebida, enquanto sua pele fornece pêlos para tecelagens e também o couro.
  • Cão: É sagrado para os maometanos, como talismã contra assaltantes, feitiços e doenças.
  • Elefante, Dragão e Leão: Símbolos de Poder. Na Índia, o elefante representa a realeza. Na Pérsia, o dragão simboliza o mal, e na Índia, a morte, porém os chineses o reverenciam, devido a suas fortes associações com o Confucionismo, além de também representar o poder imperial.
Quando surgem animais em luta nos tapetes orientais, isto simboliza o eterno combate entre o bem e o mal.

  •  Morcego: Para os chineses, simboliza felicidade
  • Abelha: Representa a imortalidade através dos descrentes (China)
  • Besouro (Escaravelho Egípcio): Denota criação. Na Índia, o escaravelho é um dos símbolos da realeza e do poder
  • Borboleta: Signo de vaidade, sendo regularmente encontrada em bordas de tapetes chineses.
  • Corvo: Significa má sorte, para os chineses e hindus, no entanto, ele tem exatamente o significado oposto para os maometanos.
  • Pombo: Denota paz e companheirismo
  • Pato: Símbolo de casamento fiel e feliz
  • Mosca: Significa indignidade
  • Porco: Significa perversão e loucura
  • Javali Indiano: Mostrado com uma esfera equilibrada no colmilho direito, representa a terceira encarnação de Vishnu, o deus védico, quando salvou o mundo do dilúvio
  • Pavão: Na Índia denota realeza, na China significa beleza
  • Fênix: Para os chineses simboliza opulência e uma esposa rica
  • Tartaruga e Alce: Significa longevidade e imortalidade
  • Papagaio: Equivalente indiano de Eros, o mensageiro do amor, sendo frequentemente encontrado em tapetes e também em miniaturas indianas
  • Galo: Simboliza o mal para os habitantes de Shiraz, sendo encontrado em seus tapetes como um amuleto contra a desgraça
  • Pardal: Nos tapetes indianos, denota fertilidade e uma colheita farta
  • Cegonha: Símbolo chinês de longevidade, entretanto, para os indianos, denota desonestidade
  • Esquilo: Símbolo da sétima encarnação de Vishnu, é sagrado para os hindus e significa a proteção de deus

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Desenhos dos Tapetes

Os vários centros importantes na tecelagem de tapetes podem ser divididos entre os que usam motivos florais e os que empregam formas e padrões geométricos.


Os países florais são a Pérsia e a Índia. A Turquia é uma mescla de florais e geométricos. As peças caucasianas e turcomanas quase sempre são geométricas e, nas raras ocasiões em que são usados os motivos florais, estes se tornam estilizados e retilíneos.

Nos tapetes turcos é raro encontrar-se qualquer criatura - animal ou humana - tecida no desenho. Muitas peças mais antigas, em especial os tapetes para oração, apresentam inscrições tecidas na margem. Geralmente são citações do Corão, embora não seja incomum encontrar-se breves estrofes ou linhas de alguns dos mais conhecidos poetas persas. Raramente os tapetes são assinados - uma famosa exceção é o tapete da Mesquita de Ardebil - embora muitos sejam datados.

Animais, insetos e aves, surgem regularmente nos motivos dos tapetes orientais. Podem ser altamente estilizados ou absolutamente realísticos, como os animais selvagens dos tapetes persas com motivos de caça.

A lista seguinte engloba os animais e aves encontrados com maior frequência:
  • abelha
  • alce
  • borboleta
  • camelo
  • cão
  • caranguejo
  • cegonha
  • corvo
  • dragão
  • elefante
  • escaravelho
  • escorpião
  • esquilo
  • fênix
  • galo
  • javali
  • leão
  • morcego
  • mosca
  • papagaio
  • pardal
  • pato
  • pavão
  • pega
  • pombo
  • porco
  • tarântula
  • tartaruga
  • tigre







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sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Significado das Cores

Nos tapetes orientais, as cores não são usadas meramente por razões decorativas. Em geral, os habitantes dos países do Oriente Médio sao extremamente devotos, de modo que para eles as cores possuem um importante valor simbólico.

  • Branco: Símbolo de luto. Tem significado idêntico na Pérsia, China e Índia, sendo simbólico para os maometanos. Em vista de sua associação com a morte, pode igualmente significar paz.
  • Azul-celeste: Cor nacional da Pérsia
  • Verde: Cor sagrada para os maometanos, simboliza a imortalidade. Em vista disto, é raramente encontrado nos tapetes turcos. Somente por volta de 1930 é que o verde passou a ser encontrado nas peças turcas, em proporção significativa. Os povos não-islâmicos, ao contrário, sempre o empregam livremente.
  • Negro: É símbolo universal da tristeza, do maligno e destrutivo, sendo raramente encontrado.
  • Vermelho: Simboliza alegria, vida e todas as qualidades apreciáveis.
  • Ouro: É a cor do poder (não deve ser confundida com o laranja, cor budista e maometana para expressar tristeza)
  • Púrpura: Cor imperial desde os tempos clássicos
  • Azul-mongol e o Amarelo: Cor real chinesa
  • Rosa ou Rosa-vivo: Simboliza a sabedoria divina
  • Marrom: Cor da terra, significa fertilidade
Um tapete não consiste apenas em um belo desenho empregando motivos florais ou geométricos. Mesmo que seja somente um tipo representacional é, em essência, uma abstração. Não só as cores, mas também os padrões com frequência possuem profundos significados emocionais e religiosos, que passam despercebidos aos não-iniciados.


quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Corantes dos Tapetes

Quase todos os tapetes confeccionados antes de 1900 empregavam os tipos tradicionais de corantes usados durante séculos, derivados de produtos naturais. No fim do século XIX tornou-se tão grande a demanda de tapetes pelo Ocidente, que corantes sintéticos, desenvolvidos na Europa e na América, foram importados pela Pérsia, Turquia e outros países orientais, como medida para acelerar a produção tapeceira.

Tais corantes foram introduzidos por volta dos anos 1870 a 1880. Até o fim da Primeira Guerra Mundial, embora os métodos tradicionais de tingimento tivessem declinado, permaneceram em uso o suficiente para garantir a produção de muitas peças soberbas. A partir de 1920, no entanto, virtualmente cessou o emprego dos corantes vegetais e, hoje em dia, apenas um número muito reduzido de tapetes continua sendo confeccionado com eles.
A vantagem mais importante dos corantes vegetais sobre os sintéticos, é que os primeiros não desbotam, apenas suavizam-se, os sintéticos, desbotam em proporções diferentes, dependendo das diferentes cores em um tapete. Em certos casos, a cor original modifica-se por completo.

Em decorrência, peças que foram tingidas por método natural, acumulam beleza com a idade, ao passo que as sinteticamente tingidas sofrem um crescente processo de deterioração.

Todos os corantes naturais são derivados de plantas ou insetos. A exceção é o preto. Consegue-se esta cor deixando-se  aparas de ferro mergulhadas em vinagre. O resultado é uma substância ácida, que é o único corante natural com efeito corrosivo sobre a lã.

O marrom, geralmente obtido misturando-se rizomas da garança com amarelo, embora esta tonalidade também seja conseguida das avelanedas, nozes trituradas e cascas das nozes verdes, não possui um efeito particulamente duradouro e tende a ficar fosco com a idade.

As cores mais bem sucedidas e que costumam ser usadas com maior frequência são os azuis, amarelos e vermelhos.

O vermelho é a cor predileta dos tintureiros turcos e turquestanos, enquanto que o azul é encontrado em muitos tecidos caucasianos, em especial armênios.

O vermelho era obtido de três fontes principais, variando em tonalidades. A mais antiga fonte é um inseto chamado quermes, que vive na casca do carvalho. Eram apanhados no verão e mortos pelo vapor do vinagre aquecido, um processo que desprende ácido acético. O resultado é um vermelho forte e intenso. O corante era obtido esmagando-se grandes quantidades de fêmeas do inseto, o qual suplantou o quermes, no tingimento de tapetes.

A cochinilha era frequentemente combinada a outras coisas, a fim de fornecer tonalidades diferentes, como:
  • A púrpura, pela mistura com bicromato de potássio
  • O cereja ou rosa-vivo, resultante da mistura com a garança
  • O escarlate, pela mistura com o ácido sulfúrico
 A terceira fonte principal de vermelho era a raiz da garança, primeiro fervida e depois esmagada. Essa raiz produzia inúmeras tonalidades diferentes, sendo usada com mais frequência em mistura com outras substâncias, como o alúmen, ou combinada ao leite, suco fermentado de uvas e água para fornecer o violeta.

Por volta do fim do período em que os corantes vegetais eram amplamente empregados, as tintas obtidas de madeiras como o pau-campeche e o pau-brasil, quase sempre eram utilizadas juntamente com um variado grupo de vegetação: cebolas, beterraba, hera, etc.

  • O azul era obtido das folhas do indigueiro, uma planta cultivada na Índia.
  • O amarelo e o índigo também produziam o verde
  • O amarelo era obtido de várias fontes: uvas persas, curcuma, açafrão e raízes de sumagre.
  • O cinza era obtido da noz de Esmirna e a púrpura




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A Idade dos Tapetes

Em geral, os tapetes são classificados em três grupos etários:

Os Antigos medeiam de 50 a 450 anos de idade, embora dificilmente apareça no mercado algo produzido antes de 1600, e bem poucas peças anteriores a 1700.

O Semi-antigo se refere a tapetes de 10 a 50 anos de idade.

O Moderno, diz respeito às novas peças fabricadas para exportação, encontradas nas vitrines de lojas e especializadas, para venda a varejo na maneira usual.

Os fatores que tornam um tapete mais valioso do que outro, são estabelecidos sem dificuldade:
  • A excelência da tecedura
  • A qualidade do material usado
  • A intensidade dos corantes
  • A diversidade dos motivos desenhados
  • A condição da peça
  • A idade

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terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Tapetes Famosos

O grupo mais famoso é o dos tapetes da mesquita de Ardebil, na Pérsia. Entre eles, a peça da mais alta importância é o tapete dessa mesquita que se encontra no "Victoria and Albert Museum", em Londres, o qual conseguiu dos eruditos, por muitos anos, a singular unanimidade de ser considerado o maior exemplo na tecelagem de tapetes, em todo o mundo. Ele possui uma trama e urdimento tecidos em seda, com os felpos de nós feitos em lã. Em sua confecção foi empregado o nó persa, havendo aproximadamente 350 nós por polegada quadrada, o que compõe uma incrível quantidade de trinta e dois milhões de nós ao todo. Nesse tapete encontra-se a inscrição: "No mundo não tenho outro refúgio que não o teu limiar. Para minha cabeça não há outro lugar de proteção que não esta porta. Trabalho do escravo da soleira, Maqsud, escravo do Lugar Sagrado de Kashan, no ano 946". A data 946 refere-se ao ano maometano, equivalente a 1540.

As duas outras peças da mesma fonte são o magnífico tapete tecido com motivos de caça, existente no Metropolitan Museum, em Nova York, com 400 nós por polegada quadrada, e o tapete "Baker", também com motivos de caça e cerca de 500 nós por polegada quadrada.

O tapete Pazyryk, encontrado no Staatliche Museum, de Berlim, provavelmente tecido no Cáucaso, no século XIV. Trata-se de uma peça de enorme importância histórica para a arte.

Outro é o tapete real austríaco, com motivos de caça, que dizem ter sido presenteado por Pedro, o Grande, à Corte Imperial Austro-húngara. Atualmente, ele se encontra no Osterreichisches Museum Fur Angewandte Kunst, em Viena. Tecido na Pérsia, em meados do século XVI, provavelmente seja ele o maior do mundo com motivos de caça, talvez tendo sido confeccionado em Isfahan  ou em Kashan, como as peças Ardebil. É tecido inteiramente em seda, e nele foi empregado o nó persa, com 783 nós por polegada quadrada. Em seu fundo púrpura, estão representados inúmeros animais de caça, incluindo-se alces, lobos, leões e leopardos.

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Materiais dos Tapetes

A é o material empregado com mais frequência nos tapetes orientais. Também são usados pêlos de cabra e de camelo, bem como fios de seda e algodão, porém em extensão bem mais reduzida.
A melhor lã é originária da parte Ocidental da Pérsia, nos limites com a Turquia. A qualidade ímpar dessa lã, é o motivo óbvio para a excelência dos tapetes persas.

O pêlo de cabra é usado principalmente nos tapetes turcomanos, que também podem ser confeccionados com o macio e fino pêlo da cabra angorá. A cashmere, lã da cabra tibetana, é ocasionalmente encontrada nas texturas indianas, chinesas e tibetanas.





O pêlo de camelo, material forte e de grande durabilidade, pode ser encontrado em tapetes do Paquistão (antigo Beluchistão) e nas peças mossul. Este último nome é, em realidade, uma marca comercial, não possuindo qualquer conexão conhecida com a cidade iraquiana de Mossul, uma vez que os tapetes são tecidos na Pérsia Ocidental e na Turquia pelas tribos curdase comercializados na cidade de Hamadan.

O algodão é largamente usado nos tapetes persas, para a montagem dos fios de urdimento e da trama do tecido base. Embora raramente empregado na confecção dos nós, de vez em quando alguns Bukharas podem apresentar pequenas áreas brancas tecidas em algodão.

A seda é um material indicativo de luxo e poder, como ainda hoje, tendo sido geralmente usado nas peças tecidas para os lugares sagrados, em tapetes menores para oração e nos destinados à realeza, já que somente os nobres conseguiam suprir um tecelão com as quantidades necessárias. Em vista disso, são raras as peças antigas de seda, pois trata-se de um material que não resiste muito ao uso.


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Base do Tapete Oriental

As bases de um tapete são duas estruturas de fios:

  • Os fios do Urdimento, que correm verticais
  • Os fios da Trama, estes tecidos horizontalmente, passados através do urdimento e separando cada fileira de nós.
A diferença entre os dois nós acima mencionados, é que o turco se tece em torno de dois fios do urdimento, ao passo que o persa se tece em torno de um urdimento e passa em laçada por baixo do seguinte, no formato de um S.
Cada Nó é executado manualmente e, em alguns dos tapetes persas mais finos, pode haver uma quantidade entre quinhentos a mil nós por polegada quadrada (6,45cm²)





Tapete Floral e Animal, com mdalhão e inscrições. Persa, século XVI, Museu Poldi Pezzoli, Milão.







Nas regiões onde a arte tapeçaria é a principal indústria, o artesão habilidoso pode dar cerca de quinze nós por minuto, ou seja, cerca de oito mil ao dia. Isto quer dizer que ele levará uns dois meses tecendo um tapete de 3m x 1,8m. Entretanto, peças deste tamanho ou maiores podem ser trabalhadas por mais de um tecelão, sendo que, em tapetes muito grandes, até seis tecelões podem trabalhar ao mesmo tempo. Eles tecem orientando-se por diagrama que lhes indica o número de nós a serem dados em cada cor e quais as tonalidades desejadas.

No referente a onde são empregados os dois tipos de nós, existem algumas regras e inúmeras exceções. Em sua maioria, os tapetes orientais são confeccionados com o nó turco, todas as peças turcas e caucasianas o empregam, assim como muitas turcamanas e um grande número de persas. Os tapetes confeccionados com o nó persa, provém principalmente da própria Pérsia, embora este nó também seja empregado em algumas peças turcomanas, assim como nas do Beluchistão e da China. 


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Tipos de Nó

Um fator importante para a identificação da origem de um tapete é verificar o tipo de nó com que o mesmo foi tecido.

Basicamente, existem dois tipos de nó: 
  • Nó Persa, às vezes denominado Sehna, nome de uma cidade da Pérsia.
  • Nó Turco, também denominado Ghiordes, uma cidade tapeçeira da Turquia.

As bases de um tapete são duas estruturas de fios:
  1. Os fios fixos do urdimento, que correm verticais
  2. Os fios da trama, estes tecidos horizontalmente, passados através do urdimento e separando cada fileira de nós.
A diferença entre os dois nós acima mencionados, é que o turco (Ghiordes) se tece em torno de dois fios do urdimento, ao passo que o persa (Sehna) se tece em torno de um urdimento e passa em laçada por baixo do seguinte, no formato de um "s". Cada nó é executado manualmente e, em alguns dos tapetes persas mais finos, pode haver uma quantidade entre quinhentos a mil nós por polegada quadrada (6,45 cm²). 

Em anos recentes, alguns tapetes provenientes da Pérsia e da Turquia têm sido tecidos com o que é conhecido como jufti ou nós falsos. Tais nós são dados da mesma forma que os verdadeiros, porém o efeito final é de uma peça com textura áspera ou grosseira, tecida frouxamente, que ficará desgastada mais rapidamente do que um tapete com maior densidade de nós.

Nas regiões onde a arte tapeceira é a principal indústria, o artesão habilidoso pode dar cerca de quinze nós por minuto, ou seja, cerca de oito mil ao dia. Isto quer dizer que ele levará uns dois meses tecendo um tapete de 3m x 1,80m. Entretanto, peças deste tamanho ou maiores podem ser trabalhadas por mais de um tecelão, sendo que, em tapetes muito grandes, até seis tecelões podem trabalhar ao mesmo tempo. Eles tecem orientando-se por diagrama que lhes indica o número de nós a serem dados em cada cor e quais as tonalidades desejadas.

No referente a onde são empregados os dois tipos de nós, existem algumas regras gerais e inúmeras exceções. Em sua maioria, os tapetes orientais são confeccionados com o nó turco. Todas as peças turcas e caucasianas o empregam, assim como muitas turcomanas e um grande número de persas. Os tapetes confeccionados com o nó persa, provêm principalmente da própria Pérsia, embora este nó também seja empregado em algumas peças turcomanas, assim como nas do Beluchistão e da China.

Em termos geográficos, a linha divisória é o Mar Cáspio, a Oeste do qual é usado quase exclusivamente o nó turco. A Pérsia se acha situada a cada lado da linha divisória, de modo que lá podem ser empregados ambos os nós. 



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segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

A Origem dos Tapetes Orientais

Não se sabe, com exatidão, quando se teve início a confecção de tapetes. Mas com certeza, já existia no Egito Antigo e, provavelmente, devia ser conhecida pelos chineses. A este respeito, temos várias referências bíblicas. Em Êxodo, 35:35, podemos ler: "E ele (o Senhor) os encheu de sabedoria do coração, para fazer toda obra de mestre, e a mais engenhosa, e a do bordador, em azul, em púrpura, em carmesim, e em linho fino, e a do tecelão, fazendo toda a obra, e inventando invenções."
O mesmo capítulo faz referências a cortinas e toalhas de altar. Em Provérbios, uma mulher "com atavios de rameira, e sutil de coração", diz: "Adornei meu leito com cobertas de tapeçaria". E Jó, como Ezequias, elabora uma poderosa metáfora de transitoriedade, ao dizer: "Meus dias são mais rápidos do que uma lançadeira de tecelão."


 Referências casuais como estas, bem como outras que podem ser encontradas em Homero (a Ilíada menciona tapetes púrpura) e autores clássicos posteriores, apontam a probabilidade de que, mesmo naquelas remotas eras (3000-2000 a.C.), a tecelagem já fosse parte estabelecida da vida cotidiana.

Embora não conheçamos nenhum tapete de nós manuais que tenha sobrevivido de época tão remota uma recente expedição arqueológica às montanhas Altai, ao Sul da Sibéria Ocidental, escavou um cômodo de sepultamento real, que continha um tapete preservado quase miraculosamente. 

O tapete Pazyryk, como é chamado, deve originar-se de cerca de 500 a.C. É uma peça soberbamente delineada e com nós manuais, idêntica a qualquer outra já produzida desde então, naquela região.


Avançando para os tempos modernos, sabemos que a tecelagem de tapetes no Extremo e Médio Oriente tem constituído uma das mais apreciadas artes, por setecentos anos aproximadamente.

O estilo dos tapetes pouco foi alterado no correr dos séculos, e em muitos casos aqueles que os produziam conservavam seus tradicionais sistemas de vida tribal, embora fatores políticos e sociais os tenham impelido a constantes e contínuas migrações.

A Antiga Pérsia (Atual Irã), é uma das seis grandes regiões produtoras de tapetes. As outras cinco são: Turquia, Cáucaso, Turquestão, Índia e China. Em geral, os tapetes persas são tecidos utilizando-se o nó persa ou Sehna, em desenhos florais. 


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Introdução à Arte Oriental

Arte, é uma manifestação que se perpetua através dos tempos independentemente do credo, da cultura, ou da técnica.

Cada Tapete representa a história de uma família, seus avanços, suas técnicas, sua elaboração e assim através deles toda a História de uma civilização.

Hoje, tanto como elemento de arte para apreciação e decoração, quanto pelo seu valor de investimento, tradicionalmente crescente nos mercados internacionais, os tapetes orientais tornaram-se peças obrigatórias, muito apreciadas e disputadas em toda arte.



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