quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Corantes dos Tapetes

Quase todos os tapetes confeccionados antes de 1900 empregavam os tipos tradicionais de corantes usados durante séculos, derivados de produtos naturais. No fim do século XIX tornou-se tão grande a demanda de tapetes pelo Ocidente, que corantes sintéticos, desenvolvidos na Europa e na América, foram importados pela Pérsia, Turquia e outros países orientais, como medida para acelerar a produção tapeceira.

Tais corantes foram introduzidos por volta dos anos 1870 a 1880. Até o fim da Primeira Guerra Mundial, embora os métodos tradicionais de tingimento tivessem declinado, permaneceram em uso o suficiente para garantir a produção de muitas peças soberbas. A partir de 1920, no entanto, virtualmente cessou o emprego dos corantes vegetais e, hoje em dia, apenas um número muito reduzido de tapetes continua sendo confeccionado com eles.
A vantagem mais importante dos corantes vegetais sobre os sintéticos, é que os primeiros não desbotam, apenas suavizam-se, os sintéticos, desbotam em proporções diferentes, dependendo das diferentes cores em um tapete. Em certos casos, a cor original modifica-se por completo.

Em decorrência, peças que foram tingidas por método natural, acumulam beleza com a idade, ao passo que as sinteticamente tingidas sofrem um crescente processo de deterioração.

Todos os corantes naturais são derivados de plantas ou insetos. A exceção é o preto. Consegue-se esta cor deixando-se  aparas de ferro mergulhadas em vinagre. O resultado é uma substância ácida, que é o único corante natural com efeito corrosivo sobre a lã.

O marrom, geralmente obtido misturando-se rizomas da garança com amarelo, embora esta tonalidade também seja conseguida das avelanedas, nozes trituradas e cascas das nozes verdes, não possui um efeito particulamente duradouro e tende a ficar fosco com a idade.

As cores mais bem sucedidas e que costumam ser usadas com maior frequência são os azuis, amarelos e vermelhos.

O vermelho é a cor predileta dos tintureiros turcos e turquestanos, enquanto que o azul é encontrado em muitos tecidos caucasianos, em especial armênios.

O vermelho era obtido de três fontes principais, variando em tonalidades. A mais antiga fonte é um inseto chamado quermes, que vive na casca do carvalho. Eram apanhados no verão e mortos pelo vapor do vinagre aquecido, um processo que desprende ácido acético. O resultado é um vermelho forte e intenso. O corante era obtido esmagando-se grandes quantidades de fêmeas do inseto, o qual suplantou o quermes, no tingimento de tapetes.

A cochinilha era frequentemente combinada a outras coisas, a fim de fornecer tonalidades diferentes, como:
  • A púrpura, pela mistura com bicromato de potássio
  • O cereja ou rosa-vivo, resultante da mistura com a garança
  • O escarlate, pela mistura com o ácido sulfúrico
 A terceira fonte principal de vermelho era a raiz da garança, primeiro fervida e depois esmagada. Essa raiz produzia inúmeras tonalidades diferentes, sendo usada com mais frequência em mistura com outras substâncias, como o alúmen, ou combinada ao leite, suco fermentado de uvas e água para fornecer o violeta.

Por volta do fim do período em que os corantes vegetais eram amplamente empregados, as tintas obtidas de madeiras como o pau-campeche e o pau-brasil, quase sempre eram utilizadas juntamente com um variado grupo de vegetação: cebolas, beterraba, hera, etc.

  • O azul era obtido das folhas do indigueiro, uma planta cultivada na Índia.
  • O amarelo e o índigo também produziam o verde
  • O amarelo era obtido de várias fontes: uvas persas, curcuma, açafrão e raízes de sumagre.
  • O cinza era obtido da noz de Esmirna e a púrpura




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