sábado, 13 de abril de 2013

Tapete Shiraz

A cidade de Shiraz é o centro da grande região tapeceira ao Sul da Pérsia, a qual inclui peças tecidas pelas tribos Qashgai e Khamseh, além das confeccionadas nos arredores de Beshir e do Lago Niris. Entre os nomes individuais, atribuídos aos tapetes da área de Shiraz, além do próprio Shiraz, temos também Niris, Faristan, Gashgai, Nifliz e Afshar. Shiraz é capital da Província de Faristan (ou Fars), sendo o local d comercialização para todos os tapetes tecidos na região, com exceção dos Afshar, que são comercializados na cidade de Kirman.

Os tapetes Shiraz antigos, usavam uma lã melhor do que quase todos os demais tapetes persas. Os tecidos hoje, continuam empregando a lã para os fios da trama e urdimento. Era frequentemente usado o motivo pera, bem como medalhões vergôntea e losangulares, em cujo interior apresentavam aves e animais estilizados. O mais usado é o nó persa, embora seja encontrado ocasinalmente o nó turco, um interessante complemento para uma geometricidade sententrional de alguns motivos Shiraz. Livros antigos costumam mencionar os tapetes para orar, ali tecidos, como Shiraz Meca, uma vez que pareciam ser os preferidos dos peregrinos à Cidade Santa.





quarta-feira, 10 de abril de 2013

Tapete Niris

Estes tapetes são tecidos pelas tribos montanhesas na Província de Loristan. Niris é o nome de um lago salgado da região que é dominada pela grande cidade tapeceira de Shiraz. 

Geralmente é empregado o nó persa, embora às vezes tenha sido usado o nó turco, nas peças mais antigas. Os fios de trama e urdimento são de lã. 

Os tapetes Niris possuem quase sempre uma tecedura mais compacta do que os Shiraz, com desenhos e cores distintivas. O motivo pera, tecido em fileiras e geralmente em verde, apresenta-se sobre campo vermelho-garança. 

Existem aproximadamente cinco tiras nas margens, com frequência tecidas no motivo postede-barbeiro (poste listrado em espiral, nas cores vermelho/azul/branco, à porta de barbearias).

A lã é quase sempre de ótima qualidade, sendo estes tapetes extremamente respeitados pelos colecionadores.





terça-feira, 9 de abril de 2013

Tapete Kirmanshah

Kirmanshah é uma cidade curda no Noroeste da Pérsia, a cerca de 1000 Km de Kirman e a 450 Km ao sul de Tabriz. 

Os tapetes Kirmanshah não possuem qualquer conexão com a remota cidade curda do mesmo nome. Pode ser que "Kirmanshah" fosse, originalmente, uma palavra denotando um tipo superior de Kirman, embora, segundo Lewis, em The Practical Book of Oriental Rugs (Manual sobre tapetes orientais), Kirmanshah fosse um importante centro de caravanas, de onde esses tapetes eram enviados para o Ocidente.
 
Eles são tecidos com o nó persa, tendo a trama e urdimento em algodão (nenhuma destas características sendo curdas) e seus desenhos são, geralmente, de intrincados motivos florais.






segunda-feira, 1 de abril de 2013

Tapete Kirman

A cidade de Kirman é centro de uma grande e importante área de tecedura de tapetes. Várias aldeias e cidadezinhas, além da cidade em si, encontram-se enganjadas nesta indústria. Entre elas, as mais importantes são Ravar, Okalat-Dehzanuw, Anaristan, Mahan, Saidabad, Anar Zarand, Khanuk e Chatrud. Uma nota histórica interessante, é que os xales paisley, empregando o motivo pera, encontrado em tantos tapetes persas, durante o século XIX eram tecidos em Kirman, entre outros lugares, com vistas ao mercado europeu.

Kirman é uma cidade antiga (Marco Polo teceu comentários elogiosos a seu respeito), e tapetes vêm sendo tecidosna região provavelmente há séculos. Contudo, foi somente durante a segunda metade do século XX que alguns foram exportados. Aliás, os tapetes Kirman mais antigos foram, em geral, confeccionados dentro dos últimos cem anos.

Os tapetes Kirman primitivos, eram tecidos com os motivos mais naturalistas de quaisquer peças orientais. Em geral apresentavam um campo marfim e bem desenhados com animais, aves, figuras humanas e flores. Um motivo usado com frequência, era um padrão global de cestas de rosas delineadas com grande realismo. As cores dos Kirman antigos, costumam ser suaves tonalidades pastel. 

O nó persa é sempre usado, sendo de algodão os fios da trama e urdimento. Foi tecido um número bastante reduzido de peças em seda as quais, como é lógico, hoje são extremamente valiosas.

Os Kirman modernos são bem diferentes. As cores continuam sendo de tonalidades pastel, com o uso predominante do fundo em marfim, mas os tapetes confeccionados nos anos 20 e 30, até a época presente, adaptaram-se ao favoritismo americano por motivos florais, similares em desenho às peças francesas dos séculos XVIII e XIX. Tal predileção foi plenamente satisfeita pelos Kirman, com bordas e medalhões centrais em motivos florais. A partir da Segunda Guerra Mundial, tem sido tecido, especialmente para o mercado doméstico, um terceiro tipo, empregando os brilhantes vermelhos e azuis, tão admirados pelos próprios persas.