A cidade de Kirman é centro de uma grande e importante área de tecedura de tapetes. Várias aldeias e cidadezinhas, além da cidade em si, encontram-se enganjadas nesta indústria. Entre elas, as mais importantes são Ravar, Okalat-Dehzanuw, Anaristan, Mahan, Saidabad, Anar Zarand, Khanuk e Chatrud. Uma nota histórica interessante, é que os xales paisley, empregando o motivo pera, encontrado em tantos tapetes persas, durante o século XIX eram tecidos em Kirman, entre outros lugares, com vistas ao mercado europeu.

Os tapetes Kirman primitivos, eram tecidos com os motivos mais naturalistas de quaisquer peças orientais. Em geral apresentavam um campo marfim e bem desenhados com animais, aves, figuras humanas e flores. Um motivo usado com frequência, era um padrão global de cestas de rosas delineadas com grande realismo. As cores dos Kirman antigos, costumam ser suaves tonalidades pastel.
O nó persa é sempre usado, sendo de algodão os fios da trama e urdimento. Foi tecido um número bastante reduzido de peças em seda as quais, como é lógico, hoje são extremamente valiosas.
Os Kirman modernos são bem diferentes. As cores continuam sendo de tonalidades pastel, com o uso predominante do fundo em marfim, mas os tapetes confeccionados nos anos 20 e 30, até a época presente, adaptaram-se ao favoritismo americano por motivos florais, similares em desenho às peças francesas dos séculos XVIII e XIX. Tal predileção foi plenamente satisfeita pelos Kirman, com bordas e medalhões centrais em motivos florais. A partir da Segunda Guerra Mundial, tem sido tecido, especialmente para o mercado doméstico, um terceiro tipo, empregando os brilhantes vermelhos e azuis, tão admirados pelos próprios persas.
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