quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Tapete Ardebil

Histórico
Tapete de Ardebil é um dos dois famosos tapetes persas que fazem parte atualmente das coleções do Victoria and Albert Museum em Londres e do Los Angeles County Museum of Art.

Os modernos tapetes Ardebil são, de fato, bastante caucasianos em características (a cidade está localizada a poucos quilômetros ao sul da fronteira do Estado Soviético do Azerbeidjã), com bordas de desenhos geométricas, octógonos frequentemente. É empregado o nó turco, sendo a trama e o urdimento em algodão.

Composição: Lã de carneiro e Algodão
 
Tipo de Nó: Persa ou Turco dependendo da região



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Variedade de Tapetes por Região

A melhor maneira de diferenciar a variedade de tapetes persa é dividir o país em quatro regiões, dessa maneira perceberemos que os tapetes de cada grupo possuem, em geral, características comuns.

  • Região Oeste: Ardebil, Bakhtiari, Bakshis, Bidjar, Gorevan, Hamadan, Heriz, Kurdistan, Mossul, Sehna, Souj-Boulak, Tabriz.
  • Região Leste: Birjand, Khorassan, Meshed, Turkbaff.
  • Região Central: Fereghan, Isfahan, Kashan, Lilihan, Nain, Qum, Saraband, Saruk, Sultanabad, Teerã, Yezd.
  • Região Sul: Kirman, Kirmanshah, Niris, Shiraz.
O nome não incluído é Herat, porém surgirá mais tarde, com os tapetes da Área Leste. De fato, Herat fica no Afeganistão, embora certa vez tenha sido parte do Império Persa e capital de Khorassan. Apesar de os tapetes associados a Herat serem inquestionavelmente persas, acredita-se que não fossem tecidos na cidade, mas conhecidos pelo nome genérico de Herat, quando vendidos ao Ocidente, na primeira parte deste século.

Deve-se ainda acrescentar que os tapetes Bukhara, associados ao Turquestão, também eram tecidos no Norte da Pérsia.

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sábado, 5 de janeiro de 2013

Símbolos com significado Religioso ou Simbólico

Há inúmeros outros padrões ou motivos de significado religioso ou simbólico.

Entre todos estes, destacamos o motivo mais popular de variadas espécies de cruzes. 

Cruz Grega (quatro braços iguais): É um símbolo cristão, e a maioria das igrejas ortodoxas orientais é edificada nesse formato.Assim, evidentemente ela não é encontrada em tapetes tecidos por maometanos.

Suástica: É um dos símbolos universais encontrados na América do Sul, Egito, Oriente Médio ou na Índia. De fato, onde quer que se desenvolvesse uma civilização ela logo aparecia, em geral como metáfora para o sol. Derivada da antiga palavra sânscrita svasti, que significa honra, é encontrada em versões simplificadas, como o trinco-em-gancho (também conhecido como o motivo do cão correndo), em quase todos os tapetes caucasianos, geralmente como desenho de bordas, e em muitas outras teceduras da Ásia Ocidental. Na China, essa cruz simbolizava paz e privacidade, um sentido que parece haver sido esquecido na Europa do século XX.

Crescente: Símbolo maometano com o significado de fé e sendo o símbolo do Islã (na Índia, o crescente é associado a batalha)

Mihrab ou Nicho de orar: É encontrado em todos os tapetes para orar, que aponta na direção de Meca, quando o fiel se ajoelha sobre ele para rezar, e se supõe que represente a alcova na Grande Mesquita, em Meca.
 
Rosário maometano: Nos tempos antigos se tornou um símbolo natural de imortalidade  porque, sendo circular, não tinha fim. O rosário maometano tem noventa e nove contas, uma para cada nome divino de Alá.

Pente: Outro objeto constantemente tecido nesses tapetes para orações maometanos, é ilustrativo da observância estrita da crença islâmica de que "a limpeza está próxima da santidade", porque o fiel penteia os cabelos, antes de prostar-se em oração.

Nó-sem-fim: Símbolo de sabedoria e imortalidade. Quem já leu o romance Sir Gawain e o Cavaleiro Verde, escrito em inglês médio (de 1100 a 1500), certamente recordará que o herói ostentava esse nó em seu escudo, assim como o próprio Rei Arthur, como defesa contra o mal. Tal tipo de nó também fascinou os desenhistas da Renascença, como Dürer, Rafael e Leonardo da Vinci.



Estrela de Davi: Símbolo da fé judaica, que se disseminou por todo o Oriente. A estrela é composta de duas pirâmides - uma apontando para cima e outra invertida - representam a união ou equilíbrio entre o céu e a terra. Diz-se que Davi, importante rei de Israel, mandava gravar o símbolo nos escudos de seu exército como amuleto de proteção. A partir daí, a estrela de Davi passou a ser identificada com o povo israelita.




Entre os símbolos budistas, encontramos com frequência nos tapetes chineses e também em teceduras do Oriente Médio, estão:
  • O nó-em-laço, emblema do próprio Buda
  • A cesta significando abastança
  • A concha e o arabesco chinês, quase uma marca registrada nos tapetes chineses e significando a Divina Morada da Ursa Maior, assim como a imortalidade.
  • O medalhão em vergôntea, provavelmente originário da China e envolvido de uma representação altamente estilizada da flor de lótus, é encontrado em muitos dos mais importantes tipos de tapetes persas.
  • O pico de montanha, morada dos espíritos dos mortos, é um símbolo mongol, encontrado em algumas teceduras do Oriente Médio.
  • O ovo é um lógico símbolo de fertilidade para os chineses.
  • A ampulheta, encontrada frequentemente em teceduras caucasianas, em geral assume a forma de dois triângulos, unidos ponta com ponto, significando os elementos de fogo e água (o azul-persa simboliza o Ar; a orla em ziguezague, a Água).
  • O tao-kieh é um símbolo chinês que representa os elementos masculino e feminino yin-yang, é encontrado na forma de um círculo, dividido em dois por uma linha curva, com um círculo menor em cada seção.

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Significado das Flores nos Tapetes

Há desenhos de plantas em determinados tapetes orientais que são combinados apenas para oferecer um esquema decorativo.

Xá Abbas: Recebeu esse nome em homenagem ao grande rei persa que reinou de 1586 a 1628. Consiste de uma flor central, que alguns entendidos julgam ter sido outrora uma representação do abacaxi, circundada por uma coroa floral.Geralmente, essa coroa é composta por flores amarelas, vermelhas e azuis, sendo que o motivo total costuma ser tecido sobre um fundo azul ou vermelho vivo.

Roseta: Provavelmente representa a Estrela-de-Belém, flor persa da primavera, embora o lótus tenha sido sugerido. É empregada alternadamente com um botão fechado, para formar uma padronagem de flores e botões, encontrada comumente nas bordas das teceduras persas.

Sadar: Padrão de teceduras do século XIX, assim denominado em homenagem a um governador do Azerbeidjã, chamado Sadar Aziz Khan, consiste de formas de folhas, entreligadas por vinhas e padrões florais.

Herati: O desenho herati é também um dos mais proeminentes entre os padrões persas, às vezes conhecido como motivo do peixe ou dos peixes-gêmeos. Supõe-se que primeiramente foi empregado na cidade de Herat, e consiste de uma roseta entre duas folhas denteadas, um desenho que, mostra uma clara semelhança com um peixe. Muito comum nas teceduras de Herat, Khorassan, Fereghan e Sehna.

Gul-Henna: O motivo gul-henna compõe-se de pequenas flores amarelas da planta hena, dispostas em fileiras e entreligadas por um complexo padrão floral.

Mina Khan: É um motivo curdo, assim chamado em homenagem a um dirigente da Pérsia Ocidental. Vinhas verdes geométricas entreligam um arranjo buquês vermelhos, amarelos e azuis, montados sobre treliças. 

Lírio: Nas teceduras turcas assemelha-se ao trevo de três folhas, invariavelmente encontrado nos tapetes de Konya, nome que também designa este motivo.

Rosas Quadripétalas: Em teceduras curdas podem representar a árvore da vida, bem como o padrão grão-de-arroz, pequenos pontos rosa-vivo sobre fundo branco, que podem ser encontrados nos tapetes chineses e nos tecidos em Samarkand.


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