quinta-feira, 4 de julho de 2013

Tapete Baku

Estes tapetes levam o nome da cidade de Baku, um porto marítimo do Mar Cáspio, atualmente no Estado Soviético do Azerbeidjã. 

É através deste porto que são comercializados os tapetes produzidos na cidade em si, e nas cercanias imediatas. Quase todas estas peças têm mais de 50 anos, e podem ser identificadas por seu padrão distintivo. 

Esse padrão identificatório, consiste de um campo de grandes motivos retilíneos de pera que, no caso deste tipo particular de tapete, mostra uma maior semelhança com cones de pinheiro do que com peras. 

São tecidos em fileiras, sobre um campo onde também podem surgir vários medalhões octogonais. Invariavelmente, a cor do campo é azul-escuro, ao passo que as peras costumam ser tecidas em matizes de creme, marfim e amarelo.







Tapeçaria Caucasiana

Entre o Mar Negro a Oeste, e o Cáspio a Leste, encontram-se vários estados soviéticos, entre os quais os mais importantes são a Geórgia, a Armênia, o Azerbaijão e a República Socialista Federativa Russa. Estes estados compõem a região em que é produzida a maioria dos tapetes caucasianos.


São habitados por muitos povos e tribos diferentes, neles existindo duas religiões principais: o Cristianismo e o Islamismo. Até o século XIX, o Cáucaso fez parte da Pérsia, que o cedeu à Rússia Imperial. Em resultado desta vasta mistura de povos, que também andaram pela Turquia e Pérsia, os tapetes caucasianos têm sido fonte de conclusão, inclusive para os peritos.

Não obstante, se nos ativermos a classificações há muito estabelecidas, conseguiremos diferenciar alguns dos mais conhecidos e característicos tapetes caucasianos.
Entre os nomes que, em algum período, foram selecionados para descrever essas peças, listamos onze dos mais empregados:

  1. Baku
  2. Chi-Chi
  3. Daghestã
  4. Derbend
  5. Erivan
  6. Kadistã
  7. Karabagh
  8. Kazak
  9. Kuba
  10. Shirvan
  11. Soumak 
Podemos afirmar que um tapete caucasiano conhecido por qualquer outro nome, terminará sendo uma variação particular de alguns dos mencionados acima, ao qual foi atribuído um nome comercial. Deve-se apenas acrescentar, que a palavra armênio costuma ser muito empregada em livros antigos, de certo modo equivocada, como sinônimo para caucasiano.







quarta-feira, 19 de junho de 2013

Tapete Yuruk

Yuruk significa montanhês. Esses tapetes são tecidos por tribos curdas e nômades das montanhas no Leste da Turquia, as mesmas que povoam o Noroeste da Pérsia e o Cáucaso. As peças são caucasianas em características, usando motivos bastante típicos, como suásticas e trincos-em-gancho. 

O campo principal é geralmente tecido com três medalhões losangulares, unidos ou separados, tendo as cores quase sempre em intensos castanhos-avermelhados, azuis e púrpuras. As peças Yuruk também costumam conter mais verde do que a maioria dos tapetes turcos, estes, em geral, apresentando matizes algo insípidos. Antes de passarmos à conclusão, gostaríamos de descrever um outro tipo de tapete turco muito especial, detalhadamente discutido por Jack Franses em seu livro European and Oriental Rugs (Tapetes europeus e orientais). 

Trata-se do Koum Ka Pour (significando passagem-para-areias), um tipo que foi tecido durante um período de apenas vinte anos aproximadamente, entre cerca de 1890 e 1910, em um subúrbio de Istambul. Tais peças eram confeccionadas pelo mestre-tecelão turco Kanata, sob patrocínio real, e apresentavam características florais persas. São distinguíveis pelo emprego de fios de ouro e prata, os quais eram tecidos em decorativos padrões florais de várias cores.

Ostentando uma beleza e raridade excepcionais, esses tapetes, ao contrário de quaisquer outros tecidos na Turquia, conquistaram um lugar na história da arte tapeceira, comparável ao de Fabergé, o ourives russo de fins do século XIX, no campo das artes aplicadas. 




Tapete Smyrna ou Esmirna

Smyrna ou Esmirna, hoje chamada Izmir, durante séculos foi um dos principais portos marítimos da Turquia, não foi uma cidade produtora de tapetes, mas antes um ponto de mercado para as peças tecidas nas cidades e aldeias vizinhas.

Trata-se, portanto, de uma denominação ilusória, só incluída aqui, por ser fartamente citada na literatura tapeceira, bem como em leilões e catálogos de vendedores. O nome é comumente usado como termo genérico para tapetes Ghiordes e Oushak do século XX, denotando peças modernas e de qualidade inferior. 

Também é muito empregado para referir-se a tapetes de aparência persa, embora confeccionados em Sivas e Sparta. O desenho mais típico para um tapete, é o campo hexagonal alongado, cujas margens internas são debruadas com pequenos ramos de flores trifólias.